4 de fevereiro de 2009

Defeitos!?


"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro."(Clarisse Lispector)
E quem não possui defeitos que atirem a primeira pedra...é muito difícil para todos admitirem que tem defeitos, eu os tenho aos montes...sou chata, abusada, exigente, as vezes relapsas com umas coisas,e não acho feio admitir...feio é esconder-se por trás de qualidades e que o tempo inteiro diz:...sou boazinha, bonitinha...detesto quem se diz "inha"... eu gosto é das más, tenho meus dias de "Maysa"(isso parece com uma amiga minha) os quais jogo tudo para cima e vivo do jeito que quero...gosto de princesas, de príncipes encantados, mas também da Bruxa, adoro as mocinhas do cinema, das novelas, mas também adoro as antagonistas,todo mundo tem seu dia de Branca Letícia de Barros Mota, de Nazaré, de Laura, e todo mundo tem seu dia de princesa e o seu dia de bruxa,alguns escondem muito bem, outros insistem em viver por trás desses personagens, eu não, eu quando não gosto não finjo, não sei fingir, não sei me vestir da personagem: eu gosto de todos, todos me agradam, eu não,eu brigo, eu xingo, eu sou chata mesmo, tenho "tpm", tenho mau humor terrível, tenho calcinha furada, tenho sutiã do elástico folgado, tenho sandália sem salteira,tenho os cabelos encaracolados, que viram a juba de um leão quando estão sem a bendita chapinha,e quem gostar de mim que goste assim não posso mudar para agradar ninguém, eu sou assim, esse é meu jeito...quem me conhece sabe que sou...me ama ou me odeia..sou tida como antipática, mas os que verdadeiramente me conhecem sabe que não sou, é a minha defesa...ataco antes de ser atacada...acho que é meio assim que funciona comigo...o bom mesmo é se assumir, admitir que erra, que sente raiva, que briga, que xinga...gostem ou não, e as pessoas que me cercam sabem disso, ai hoje não era um bom dia para esse texto, pois detesto gente que finge, que mascara ser o que não é...gosto do que é verdadeiro, do que é realidade, como diz meus amigo na "vera"...detesto essas turminhas cheias de "inhas", amiguinha, coleguinha...amorzinho...isso não existe um dia elas vão se trair,vão passar por cima uma da outra,as vezes até ponho apelidos como forma de tratar aquele amigo, mas isso tem me gerado problemas, tô tentando me policiar até desses tratamentos, tentando deixar esse jeito de tratar de lado... amizade está muito além dessas "inhas"..esse tipo de tratamento não cabe em mim...quando gosto eu gosto, mas quando eu não gosto eu odeio...rsrsrs... só por isso...por que eu tenho defeitos, eu sou humana, eu sou normal...
Beijos
Gislaine

QUERO TUDO!


Quero cada vez mais aprender a ver como belo aquilo que é necessário nas coisas: - assim me tornarei um daqueles que fazem belas as coisas.

"Amor fati" -amor ao destino-: seja este, doravante, o meu amor. não quero fazer guerra ao que é feio. não quero acusar, não quero nem mesmo acusar os acusadores.

Que minha única negação seja 'desviar o olhar'! E, tudo somado e em suma: quero ser, algum dia apenas alguém que diz sim.

{Nietzsche}
BEIJOS
Gislaine

Quanto Tempo Demora Um Mês?


Quanto Tempo Demora Um Mês
Biquini Cavadão


Acordei com o seu gosto

E a lembrança do seu rosto

Porque você se fez tão linda

Mas agora você vai embora

Quanto tempo será que demora

Um mês pra passar

A vida inteira de um inseto

Um embrião pra virar feto

A folha do calendário

O trabalho pra ganhar o salário

Mas daqui a um mês

Quando você voltar

A lua vai tá cheia

E no mesmo lugar...

Se eu pudesse escolher

Outra forma de ser

Eu seria você

E a saudade em mim agora

Quanto tempo será que demora

Um mês pra passar

Ser campeão da copa do mundo

Um dia em Saturno

Pra criança que não sabe contar vai levar um tempão

Daqui a um mês

Quando você voltar

A lua vai tá cheia

E no mesmo lugar

Mas daqui a um mês

Quando você voltar

A lua vai tá cheia

E no mesmo lugar...

Quando você voltar

Daqui a um mês

Mas daqui a um mês

Quando você voltar

A lua vai tá cheia

E no mesmo lugar...
Uma amiga me disse que essa seria minha música
nesse período em que eu estivesse aqui em Sampa...
e a música fica moendo..remoendo...passando na minha cabeça...
eh...vidinha engraçada essa...e ficou..e pegou o ring do momento...
a música da viagem...VALEU AMIGA....
Beijos...
Gislaine

A MALA!



Não sei para vocês mas arrumar mala pra mim é sempre muito difícil, nunca sei o que levar, geralmente a minha vive pronta...vivo com ela nas costas...agora quando foi para fazer essa minha viagem a São Paulo todo mundo imaginava que a arrumação da mala pra mim ia ser terrível...e não foi...a fiz faltando apenas 5 dias da viagem...o que levar, o que não levar, sabia que não poderia levar muita coisa, mas muito de mim vive em uma mala...quem me conhece sabe disso, da minha paixão por sapatos, da minha paixão por bijouterias,e como levar tudo, como deixar, isso pra mim não foi difícil, e eu que imaginava, tentei ser prática, mas hoje percebi que fui prática demais, deixei tanta coisa que queria ter trazido, e trouxe tanta coisa que deveria ter deixado...mas o mais importantes eu trouxe comigo que são os sentimentos, as pessoas, elas foram os primeiros a serem colocados aqui dentro da mala, junto dos meus , sapatos e do meu "cheiroso"- quem me conhece sabe que não me afasto do meu lençol de estimação...roubado da casa de uma amiga...morro de ciúmes dele..ninguém pode pegar...e os perfumes, e os cremes, e a maquiagem...tinha que caber tudoo, não podia faltar nada pois seriam 48 dias afastados...e aos poucos estou descobrindo o que esqueci...sim esqueci de falar na mala tem que caber os remédios, quem me conhece sabe também que sou um pouco, só um pouco hipocondríaco, que tenho sempre um remedinho pra tudo, curo tudo, sou uma doutorinha...meu sal de frutas, inseparável...hehehe,o sal de fruta...ele me faz lembrar de uma pessoa...e continuando...a mala...tinha que ter tudo, em uma só não coube, vamos fazer duas , três, mas não daria para carregar tanto peso...senta em cima da mala, coloca tudo ..ela fica estufada..quase não fecha..acaba fechando...e meus bichos...tive que levá-los...eles são inseparáveis meus sapos, meu macaco..vieram..mas não é que esqueci da danada da minha caneca...só lembrei no aeroporto...e minhas irmãs ainda faziam fofoca perguntando se eu não tinha esquecido nada..e eu as surpreendi com uma mala só...umazinha...e aos meus amigos também, meus fiéis amigos, que lá estavam a se despedirem de mim, eles sim estavam lá, pra que eu pudesse levar um pouco deles e deixar um pouco de mim...até mais...até breve...será que teríamos um adeus...rsrsrs ...isso era tão difícil pra mim, me afastar de quem eu mais amo..e meu filho que pedia o tempo inteiro..-mamãe você leva o bebê com você para a casa da Tia Mônica em São Paulo, e o choro, e a mala..tudo era tão difícil pra mim, mas não podia chorar pelo meu João Miguel eu não podia chorar, eu tinha que vir, minha irmã me esperava, minha sobrinha nós a esperávamos... e eu tinha que estar lá quando ela viesse ao mundo...eu tinha que me separar do meu João por ela..ai como é difícil a separação, e é por que não era a primeira vez da separação, mas do meu João era...e foi difícil, só não foi mais difìcil por que eles estavam lá..eles...minha mãe, minhas irmãs, meu filho...e eles meus Amigos...com eles sou tudo, sem eles não sou nada...e foi...e assim a mala está aqui aberta eu a olho todos os dias, não a desarrumei...mexo-remexo e ela lá...meu desejo é por tudo dentro sentar em cima e saber que é a hora de voltar voltar para os braços de quem eu amo...e ela olha pra mim ...todos os dias desarrumada...toda misturada já não tem mais nada da que eu fiz na minha casa...mas conto os dias pra refazê-la...faltam exatamente 26 dias para que ela seja fechada novamente...Por que a vontade é de ir...só por isso...ir... beijos Gislaine...

O amor não tem título...


Terça-feira, 3 de Fevereiro de 2009

O amor não tem título

(Porque o amor mesmo é um mendigo sem nome, emprego, salário, família e, apesar disso, tem residência fixa e comprovante de endereço. E, além disso, nós. Nós fortes que não desatam. Só atam cada vez mais.)
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Estou com medo. Não entendo bem as coisas. Dia desses pensei ter a razão, esqueci que ela dá cambalhotas e vai parar lá do outro lado bem firme, mas com as pernas um pouco em estado de treme-treme-com-hifenzinho. Quando algo treme, trec trec, pode perder a força, orça, rça, ça, ah, caiu. Espatifou. Eu espatifo, tu espatifas, ele espatifa. Adoro a palavra espatifar. Eu sei, tenho paixões quase doentias por determinadas palavras. É o meu vício. Continuo com medo. Não sei se vou entender bem as coisas.
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Li uma frase hoje (enquanto eu circulava os olhos pela internerd) que me deixou cismada. Eu cismo com tudo, você sabe. Cismo com teia de aranha, pó em cima da prateleira, torneira aberta, relógio que não para sem acento com o tic tac, gente que ronca e/ou come de boca aberta mostrando todos os pedaços de lombinho, unhas sujas, cabelo com caspa, cismo com tudo. Cismo com excessos de simpatia, com falta de sorriso na cara, com gente solícita demais, com gente que tem estoque de patadas, cismo com a cisma. Cismo com a minha tpm. Hoje cedo, por exemplo, tudo me irritava. Normalmente sou rápida. Toca o despertador, levanto sem pestanejar ou dar ração pra preguiça sem trema. Tocou, desliguei, levantei. Abraço de bom dia (não tem nada mais gostoso), beijo de bom dia (não tem nada mais gostoso, deu empate), um pé fora da cama, outro pé dentro do banheiro. Banho, café, seca-seca-de-cabelo, roupa e vambora. E se der mole ainda lavo a louça e arrumo a cama. Meu namorado aproveita cada momento da vida, inclusive o despertar. Toca o despertador, ele coloca mais uns minutos, vira pra lá, pra cá e pra lá de novo, espreguiça, vira pra cá mais um pouco, boceja, espreguiça, me dá bandiabraçobom (eba!), bandibeijobom (eba, deu empate) e aí levanta, toma café e isso e aquilo e mais um espreguiça-espreguiça e vira pra tudo quanto é lado. Normalmente eu não me importo, inclusive acho o máximo o jeito como ele amarra o tênis. Também acho fofa a maneira como ele fecha o olho esquerdo por causa da claridade ou por causa do sono ou por causa de. Mas hoje tudo me irritava, inclusive essa coisa de gostar de aproveitar cada minuto como se fosse o último. Eu tenho pressa. Corro. A paciência não veio de brinde no meu pacote. E me peguei pensando nessas coisas do amor.
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Interessante duas pessoas que resolvem unir suas vidas e suas diferenças. Olha, tá aqui a minha vida. Junta a tua com a minha, a minha com a tua, a gente faz um mix, sacode, remexe, bota um adoçante e bebe tudinho. Ui, que delícia, que gostoso, que genial. Isso é o amor. Amor é junção. É exercício de paciência. Paciência no sentido de entender que o outro é diferente, sente diferente, pensa diferente, reage diferente, é todo diferente e se você ama, tem que amar igual e não diferente. Porque o amor é igualdade. É ser igual nas diferenças: você aceita a minha, eu aceito a sua e a gente vai ser feliz. Ouié, beibe. E dá pra ser feliz, claro que sim. É possível só quando você quer. Por que as pessoas desistem tão facilmente? Eu respondo: não sabem aceitar as diferenças. Eu tenho uma tpm horrenda, viro um monstro imenso e melequento, xingo sem pensar, brigo sem querer, procuro alfinetes pra espetar quem me rodeia. Tá bom, vai, não sou tão má assim. Brigo com quem é próximo, com quem eu sei que ali irá permanecer. Sabe aquela paciência matinal? Pois ele tem outras paciências muito maiores que as minhas. Ele ignora meus comentários tpmísticos, simula uma surdez pra não me dar trela e brigar. Por que tô contando essa mini-história-de-paciência-e-diferenças-e-igualdade? Porque o amor tem disso: aceitar o outro com tudo o que ele traz. Eu trago muita coisa. Tem coisa estragada, sei bem. E tem tanta coisa linda que só quem me conhece sabe. Porque eu sou uma pessoa muito boa, entende? Porque eu mudo do açúcar pra pimenta em poucos segundos. E isso é bem, bem ruim. Mas cada um tem um poço com água clara e lama, se é que você entende.
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Em que raio de lugar eu quero chegar? Cismei com a frase que li em um lugar, que na verdade tinha subfrases. Depois fui além, vi que existem poesias e letras de música e mais um monte de coisa brega do tipo que só fica bonito no texto. Na vida real é tudo xexelento. "Minha vida só faz sentido com você. Você é tudo pra mim. Você é a minha vida. Te dou a minha vida. Te amo mais do que a mim mesmo". Pega o Liquid Paper, abre bem a mente e se tiver que fazer um furo no cérebro pra informação entrar, por favor, faça. Não acredito em amores assim, a não ser na telinha da Globo, no melhor estilo Janete Clair. Ou lá no Pantanal com a Juma. Dramalhão mexicano tipo o que rolava no SBT também tá valendo. Por gentileza, não diga que sou a sua vida, não me dê a sua vida, não deixe que as coisas só façam sentido comigo, não deixe que eu seja tudo pra você, não me ame mais do que a você mesmo.
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Se ame muito pra me amar. Me ame de graça e por tudo que eu sou. Me ame pelas minhas partes tracejadas, picotadas, rasuradas, limpas, claras e legíveis. Me ame quando eu sacudir o avesso de mim. Me ame quando eu me perder numa avenida que tenha o nome escrito em uma placa grande com a fonte maior ainda. Me ame quando a placa grande com o nome da avenida estiver gritando na minha cara e, ainda assim, se eu continuar zonzamente perdida, sem saber pra onde ir ou como me achar, me abrace silenciosamente e diga baixinho no meu ouvido que está ali, assim vou saber que você me ama. Me ame quando eu souber o meu lugar. Me ame quando eu disser que tá tudo bem, que nem foi nada de mais. Me ame entendendo que foi demais, que nada está bem, porque eu disfarço. Me ame sabendo que meu orgulho de vez em quando ultrapassa os meus 1.69 de altura. Me ame quando aparecer uma goteira no meu telhado e o meu quarto virar um riacho.
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Me ame muito, me ame sempre, me ame quando eu sorrir, chorar, desistir, quando eu quiser recomeçar. Me ame quando eu disser que vou voltar atrás. Me ame quando todo mundo for embora e a festa terminar. Me ame quando eu estiver numa multidão. Me ame com vontade, sabendo que você veio e virá sempre antes de mim, porque pra poder amar tem que se aceitar. Me ame sim, mas entenda que amor pra mim é aquele que a gente pode amar sendo quem é, com os pés sujos de andar no chão, com o cabelo emaranhado de tanto cafuné e com o coração livre. Porque a minha vida é a minha vida. A sua vida é a sua vida. Elas quiseram se juntar e andar com as mãos unidas. Simples assim, sem essa de eu te dou a vida. Eu dou o amor, somente, porque ele vale mais que tudo. E com ele a gente aprender a se amar mais e melhor. Porque o amor não tem título, muito menos definição.
Por Clarissa Corrêa


Ela é perfeita..parece que escreve pra mim..me vejo em suas escritas..muitas vezes penso que sou eu falando...escrevendo..pensando...adorooooo..PARABÉNS..CLARISSA...beijos...Gislaine