29 de agosto de 2011

Setembro chegando...



“ …para descobrir vagamente que, além de mentiras, teria deixado em mim a semente de uma história complicada, esta, que arrastei durante doze longos meses, até que todos brotem, até enfim te concluir primário, tosco, terrês, nunca capaz de compreender que além desta nítida dor cravada que por muitas vezes beirou a morte, porque te queria como se quer, vadia, humanamente, a solução de Deus no Outro, deixavas também um encontro que não aconteceu. (...)
Quando voltar setembro, tudo estará acabado, pronto para refazer-se. Comecei a escrever sem saber o que dizia, e não parei. Não morri nem enlouqueci. O que invento me ultrapassa sempre. E tem asas.”

(Caio Fernando Abreu - "Dodecaedro", da obra "Triângulo das águas". )

beijos

Ontem por não consegui dormir, fiquei  a pensar e durante bastante tempo parei e fui refleti nas ações que cometi recentemente, entre bebedeiras, stresses e coisas mais, me vi em uma situação de total constrangimento, pois depois de passado um ano eu volto a fazer  e cometer os mesmo erros dos últimos 4 anos e porquê? Para que? 

Não sei. Definitivamente não sei, não sei onde vou, onde eu quero chegar, nem mesmo o que eu quero.

Eu sei que todo mundo que passa em nossas vidas deixa algo, leva algo assim como já disseram os poetas. 

Mas o que ele deixou em minha vida?

Não posso me apegar só ao que ele fez por mim quando ele resolve aparecer, quando ele brinca de fazer de conta que me namora que me dá atenção.

Mas a errada sou eu, eu que deixo, que permito ele fazer tudo isso comigo.

Me deixa de lado como um objeto de decoração, e aí na hora que deseja ele vem e me procura...cansei de dizer que não quero mais, cansei de fazer de conta que você não existe, cansei de dizer que você não presta e que não te quero mais.

Mas de tanto cansar e não resolver nada resovi agora não reclamar mais e deixar, deixar passar, deixar correr, deixar...assim como se deia a água do rio correr e ver no que vai dá.

É isso.


beijos