Às vezes o que eu quero não é nada parecido com o que vejo e faço. Nada parecido com o que eu falo. Às vezes o que eu quero é contrário, é inexato, é avesso. Algo que mora muito distante desse silêncio cheio de causas, presenças e paredes. Às vezes o que eu quero é o desatino e a liberdade de pinçar a melhor palavra enquanto escrevo. Quero a poesia que me despe sem pedir licença e endereços. Quero meu eu incompleto, um adereço repleto de tropeços. Uma delicadeza que sempre peço antes de sair de casa, antes de me olhar no espelho: se não for para ser incrível, se for me parar aqui dentro; me leve de volta, nem me acorda, diga que foi engano. Eu nem apareço.
Priscila Rôde
Depois de lêr o post da Pri me inspirei...
Sabe quando você menos espera e aquela pessoa chega e desperta em você algo inesperado.
Isso algo de bom e que te faz bem...é isso mesmo algo puro...e sem culpas.
Meu doce novembro chegou na hora certa e espero que seja duradouro.
beijos
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