Eu sou como o vento que passa como uma brisa suave no rosto, mas, para outros, sou como ...
Aprendi, com Shakespeare, que não importa em quantos pedaços o meu coração fosse partido, o mundo não pára para que eu o conserte. Já chorei muito, mas também já sorri, já fui apaixonada por quem nunca sequer parou para perceber a cor dos meus olhos, ou, o quanto a minha voz podia ter sido suave e doce, mas, também, fui redimida por um grande amor; julgam-me de ser romântica, já fui taxada de sentimentalóide, e daí, de que serve passar por essa vida se não amar com toda a intensidade do que sou?
Já fui acometida pelo asco e veneno mais ardiloso de pessoas que confiava, já me decepcionei, já me preocupei muito com o que diziam ao meu respeito, mas não me importo mais, aprendi que não importava o que fizesse, sempre buscariam motivos para me julgar. Aprendi, ainda, que o tempo não é algo que volta atrás, por isso, procuro nutrir o meu jardim, em vez de esperar que alguém me traga flores...
Eu amo as coisas simples da vida, como dançar na chuva, tomar leite com café, dar um grande abraço num amigo querido, dizer a minha família que amo. Amo os perfumes de qualidade, gosto de sentir um bom cheiro ao acordar. Amo contemplar as paisagens verdes, a lua cheia, o pôr do sol, ouvir o canto dos pássaros, andar sobre as pedrinhas reluzentes da beira da praia, dançar como se ninguém tivesse olhando, assistir a um bom filme mais de duas vezes, ouvir repetidamente a mesma música que reflita o que estou sentindo, dançar e fingir que estou cantando em inglês só para ver os meus sobrinhos sorrirem, dar gargalhadas espalhafatosas, rodopiar de meias, imaginando ser uma bailarina, subir montanhas, gosto dos pequenos gestos de bondade, como compartilhar um sorriso sincero ou uma palavra amiga.
Tenho uma fé em Deus tão pequena, tal qual o poder de transportar montanhas, de tocar as estrelas do céu. E, não estou nem aí para aqueles que acham que sou alienada. Como Lispector, não tenho medo nem de chuvas tempestivas, nem de grandes ventanias soltas, nem de trovões, pois eu também sou uma faísca na escuridão... Já vivi algo tão avalassador que parecia estar num pesadelo, já desejei morrer, já desejei ser o super-man, mas, também que o tempo parasse como testemunha de minha mais plena felicidade.
Rendo-me e mergulho o mais profundo no amor, pois como Lispector, acredito que viver ultrapassa qualquer entendimento. Já escondi meus sentimentos com medo de ser ridicularizada; Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de meu coração parecer que ia saltar; Já me arrependi muitas vezes, já pedi a Deus para mudar coisas em mim, das quais não gosto. Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem. Já acreditei em príncipes, mas aprendi que eles só figuram as cenas dos filmes, que o príncipe não é tão perfeito e que as histórias não têm finais felizes. Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já tive vontade de me enclausurar num convento p/ nunca mais ter de ver uma pessoa; Já falei a verdade e logo, em seguida, me arrependi. Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta quando a noite cai.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse. Já ignorei pessoas por quem estava me apaixonando; Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar. Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros. Já respondi com o pensamento aquilo que não podia responder em voz alta; Já narrei sobre a minha vida para dar esperança a quem precisava. Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade...Já me dei conta de que não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão... Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma p/ SEMPRE!
beijos
Lindo texto!
ResponderExcluirOi querida,vim saber de vc,te dar um oi,e te
desejar uma boa noite.
"A vida é um misto de luz, sol e chuva, riso e choro, prazer e dor.
Nem todos os dias podem ser brilhantes, mas é certo que nunca houve uma nuvem através da qual o sol não brilhasse depois, cada vez que você sorrir, e ver que isso é bem verdade, alguém em algum lugar sorrirá de volta pra você e, nada no mundo pode tornar a
vida mais valiosa do que a luz do sol e o calor de um belo sorriso ."
Um começo de semana de Paz...Beijossss
Simone Souza
Obrigada Simone pelas belas palavras...
ResponderExcluirbeijos